segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A indústria do coaching está pagando o seu preço!

O Jornal Hoje anunciou há alguns dias a seguinte matéria: “Funcionários dançam 'eguinha pocotó' em curso motivacional de empresa”. E a chamada enfatiza: “Imagens mostram o treinamento da equipe de vendas de uma distribuidora de remédios. Os funcionários caminharam sobre uma pista de 10 metros de carvão em brasa. O caso foi parar no Tribunal Superior do Trabalho.”.

Era tragédia anunciada, iria acontecer mais cedo o mais tarde. Não quero entrar na discussão dos métodos utilizados em treinamentos, embora não concorde e não veja sentido em muitos. Quero alertar para o amadorismo de muitos “profissionais” que intitulam-se coaches, trainers, especialistas, hipnólogos, consultores, enfim, amadores irresponsáveis que utilizam-se de meios apelativos para despertar a motivação das pessoas. Eu respeito muitos profissionais dessas áreas, que prepararam-se anos para isso, mas estamos rodeados de aventureiros no mercado.

Conduzir pessoas em qualquer abordagem que envolva o despertar de fortes emoções é uma responsabilidade que requer uma grande capacidade técnica. Quando esse processo é conduzido por profissionais preparados e embasados em uma metodologia séria, os resultados são positivos. Quando esse tipo de treinamento é aplicado por aventureiros, as pessoas são colocadas em risco – físico e emocional – e o ambiente das empresas também pode sofrer sérios impactos negativos.

E qual é a solução?

Precisamos rever urgentemente os critérios das escolas de formação de coaches e treinadores empresariais. Essa “indústria” tem lançado no mercado um bando de “burros motivados” que invadem as empresas cheios de palavras de alto impacto e técnicas motivacionais rasas e desastrosas.

E isso tem acontecido por um motivo muito simples. Não existe qualquer critério de seleção para que um profissional seja aprovado para um curso de formação, muito menos para que receba um certificado de Coach, por exemplo. Além disso, muitas escolas estão lotando salas de hotéis com 50, 100 pessoas que recebem metodologias e as praticam sem a supervisão adequada. O resultado está ai, para quem quiser ver.

E a cada dia, novas formas de se credenciar como um “profissional de treinamento e Coach” têm despontado no mercado, como livros com coletânea de artigos, onde o profissional escreve algo sobre tema qualquer e intitula-se co-autor.
Precisamos criar um forte padrão de qualidade!

E o papel dos RH´s é fundamental nesse processo. Muitas empresas, para economizar, contratam profissionais “baratos” que prometem entregar resultados. O processo de seleção desses profissionais e empresas dever ser cada vez mais profundo. E como não existe uma regulamentação para se intitular treinador ou coach, só existe uma forma de certificar-se da qualidade desses profissionais - pesquisa! Muita pesquisa:

1. Solicite referências: nada menos do que 10 empresas que foram atendidas pelo profissional. E não existe essa questão de confidencialidade, quando o trabalho é bem feito, fazemos questão de indicar.

2. Questione sobre a metodologia aplicada: se vai submeter o seu time a um processo de coaching ou treinamento, o profissional precisa detalhar qual será a metodologia aplicada e como pretende alcançar os resultados.

3. Peça comprovações da experiência na metodologia: solicite artigos científicos do profissional sobre a sua base metodológica ou livros escritos por ele sobre o tema. O conhecimento teórico é tão importante quanto a sua experiência prática.

4. Analise o material didático: Se o profissional lhe apresentar um material didático com slides impressos, esqueça. Um bom material deve ser bem elaborado, com teses descritas, textos de apoio e exercícios. Um profissional que não investe tempo para construir um material de qualidade, não pensou na sua metodologia de maneira profunda e didática.

São tantas coisas para analisar que um método torna-se o mais eficiente de todos: a indicação! E somente quem possui todas as características acima, será merecedor de ser indicado por alguma empresa.

Desenvolvimento funciona, sim! O que precisamos é escolher certo!
 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Você está pronto para ter uma empresa?

Você é comprometido com o seu trabalho? É dedicado com os seus estudos? Lida bem com a pressão do dia a dia? É engajado com as metas? É envolvido com as estratégias da empresa? Preocupa-se com a satisfação dos clientes? Gosta de desafios? E a pergunta mais importante: você se realiza trabalhando ou preferia ficar em casa, se pudesse?

Reflita sobre essas perguntas para então compreender o que vou lhe dizer: abrir uma empresa não o torna um empreendedor. Este tipo de profissional demonstra suas características aonde quer que esteja; pode ser atrás de um balcão numa lanchonete, na mesa de um escritório, na loja de um shopping, enfim, ele não esconde as suas características. É fato que muitas empresas reprimem o ímpeto empreendedor, não permitindo que as pessoas errem, inovem, participem, mas, o verdadeiro empresário, por ser um inconformado com a mesmice, não consegue permanecer nesse tipo de ambiente.

Agora, cuidado! Muitos profissionais se enganam acreditando que despertarão um espírito empreendedor quando abrirem o seu próprio negócio. Isso, de fato, pode acontecer quando você se vê trabalhando com algo que te apaixona, que tem a ver com as suas aptidões. Esse é o ponto: empreender deve ser uma escolha emocional e racional de dedicar-se a fazer aquilo que você realmente deseja. Empreender não pode ser uma fuga, ou seja, não estou dando certo em lugar nenhum, então, quem sabe, se eu abrir o meu negócio pode ser diferente. Portanto, a análise acima se torna fundamental.

Se você deseja empreender para ver se vai dar certo em alguma coisa, esqueça, o risco é alto. É melhor dar certo em alguma coisa primeiro. Agora, se você deseja ser empresário para colocar em jogo todo o seu potencial, vá em frente e siga algumas dicas fundamentais:

1. Some experiências: se a ideia de empreender já está na sua cabeça, aproveite todas as possibilidades de adquirir experiência para o seu negócio. Comece a olhar as coisas com uma visão mais crítica, questionadora, curiosa. Nesse momento, os “porquês” podem fazer toda a diferença. Muitas vezes, permanecer mais um tempo na empresa para assumir uma nova área, aprender um pouco mais ou aproveitar uma formação importante pode ser uma decisão inteligente.

2. Faça uma boa reserva financeira: sei que já ouvimos muitas histórias de pessoas que iniciaram um negócio com nenhum dinheiro e deram muito certo. Mas, existem muitas outras histórias, aliás, a maioria delas, de empresas que quebraram por não ter um fluxo de caixa adequado. Não se precipite. Guarde o que puder, vá construindo um bom histórico bancário (para conseguir crédito no futuro) e, principalmente, organize a sua vida para não precisar utilizar o caixa da empresa para as suas contas pessoais por, no mínimo, 12 meses. E se a empresa der lucro antes desse período, reinvista na empresa e faça um bom caixa. Quem tem caixa, tem força e velocidade para crescer.

3. Acumule conhecimento: leia, faça cursos, procure ajuda profissional, converse com pessoas mais experientes, enfim, não confie somente no seu instinto. Esse é um grande erro de muitos empreendedores. Existem muitas instituições que oferecem excelentes ferramentas para o pequeno empresário com custos muito acessíveis.

4. Planeje, planeje e planeje: o brasileiro dá pouco valor ao planejamento e nesse momento é essencial. Não saia fazendo, pense sobre o seu negócio: perfil do meu público, diferenciais do meu produto/serviço, parcerias, onde e como divulgar, enfim, aproveite esse momento de planejamento para desenhar a sua atuação no negócio, mantendo a sua visão sempre na plena satisfação dos seus clientes, o único motivo para o seu negócio existir.

5. Invista em relacionamento: onde estão as pessoas que podem me inspirar? Fique perto delas. Vai ter muita gente que duvidará da sua iniciativa, a maioria das pessoas não acredita na ousadia, prefere a estabilidade. Ouça essas pessoas. É importante, mas ouça também quem foi além. E então defina qual será o seu posicionamento. Além disso, amplie o seu networking, pois o seu nível de relacionamento determinará as possibilidades de atuação do seu negócio.

6. O segredo é a alma do negócio: segure a ansiedade a não saia contando a sua ideia pra todo mundo, tem muita gente mal intencionada. Converse com algumas pessoas sim, mas não alastre o seu projeto por aí. Conte para quem, nesse momento, possa contribuir contigo.

Por fim, antes de empreender, pergunte-se: pra que? Se você realmente encontrar um motivo que valha a pena a sua dedicação integral, sem férias, sem hora extra, sem garantia de salário no final do mês, sem reconhecimento, sem 13º salário, enfim, sem nenhuma estabilidade, parabéns, você está pronto para pensar em abrir um negócio e conquistar a tão sonhada liberdade que só um empresário pode ter.

E como alguém que deixou uma carreira executiva para abrir o seu próprio negócio, posso lhe afirmar: vale a pena!

 
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