quinta-feira, 31 de maio de 2012

Precisamos de líderes na educação

Uma pesquisa da Fundação Victor Civita de 2011 revelou que 42% dos diretores de escolas públicas brasileiras são escolhidos por influência política. É uma pena. Em Nova York, o trabalho da organização Leadership Academy (Academia de Liderança) aponta que os maiores avanços no desempenho escolar dos alunos são obtidos com diretores muito bem treinados para a função, profissionais que, além de bons gestores, conhecem o conteúdo programático de suas unidades de ensino.

Desde que o mundo é mundo, a influência dos líderes é o que impulsionou e impulsiona as grandes conquistas. Na educação não é diferente! É o gestor escolar que pode fazer a diferença no engajamento dos educadores e, consequentemente, dos alunos.

Digo isso, pois como diretor da CONAJE (Confederação Nacional de Jovens Empresários), tenho a oportunidade de coordenar o projeto Empreendedores do Futuro, que visa levar a cultura de empreendedorismo para as escolas públicas do nosso país. Atividade que me permitiu conhecer belíssimos exemplos de gestão na área educacional, desde professores, diretores, políticos etc.

No entanto, o que mais vejo na maioria das instituições são diretores politiqueiros, que se utilizam do cargo para ganhar influência às custas do empobrecimento da nossa educação.

Em 2009 fui apresentado à tia Edna, como gosta de ser chamada. Uma diretora que assumiu uma escola falida no interior de Goiás. Tia Edna decidiu entre reclamar ou mudar a situação daquela região. Fez a escolha certa, porém, não a mais fácil. Com o envolvimento dos educadores, alunos e comunidade, criou uma escola que hoje é modelo de ensino no Estado.

Dá pra fazer! É uma questão de atitude, de engajamento, de um propósito de vida voltado para construir uma educação que realmente valha a pena!

Precisamos de líderes educacionais que evoluam para um modelo de gestão eficiente, com foco em resultados, com indicadores de desempenho claros, construídos a partir de um planejamento estratégico consistente. Uma gestão escolar não é diferente de uma gestão empresarial, o que muda é o resultado que queremos atingir, mas não muda a necessidade de buscar esses resultados.

Não é fácil implantar uma modelo de gestão como esse, mas é possível! No entanto, só conseguirá isso o líder que verdadeiramente tiver esse propósito muito claro, de realmente fazer a educação acontecer. Se o gestor não tiver essa vontade no coração, esqueça, é muito mais fácil e confortável ficar sentado atrás de uma mesa gerindo problemas e reclamando do sistema.

Precisamos de líderes educacionais, e não de politiqueiros disfarçados de educadores!

Te vejo semana que vem!

Alexandre Prates

terça-feira, 22 de maio de 2012

Não precisamos de gênios, precisamos de empreendedores!

Segundo pesquisa do Fantástico exibida nesse último domingo, os pais brasileiros acreditam que a rigidez da educação chinesa deve ser seguida na educação de seus filhos.

Não concordo! O resultado de uma educação extremamente rígida, que não leva em consideração o desenvolvimento da inteligência relacional e social, resultará em jovens geniais e seriamente prejudicados emocionalmente, sem condições de lidar com seus sentimentos, relacionamentos e com todo o sucesso que conquistará sendo esse homem-máquina.



Como uma criança de apenas quatro anos, que tem uma carga horária escolar de 12 horas diárias – sim, isso é comum no país – poderá trabalhar, por exemplo, sua Inteligência Emocional? Como ela será capaz de identificar seus próprios sentimentos e os dos outros, de se motivar e de gerir bem as emoções dentro deles e aprenderem a se relacionar, sendo que a única coisa que aprendem é que devem ser os melhores sempre, não devem ser “atrapalhados” por suas vontades ou prazeres e que errar pode ser fatal?

Precisamos sim, ser rígidos na construção de valores e no desenvolvimento de um perfil empreendedor! Disciplina é fundamental, mas o caminho é o equilíbrio.


Não precisamos de gênios, precisamos de empreendedores! A maioria dos empreendedores que conheço e que são bem sucedidos na carreira e na vida, não são considerados gênios, apenas tiveram a liberdade de sonhar e a coragem de entrar em ação. Também conheço alguns empreendedores geniais, que chegaram ao topo profissional, mas jamais alcançaram a plenitude em suas vidas. Ser genial não garante a felicidade! Ter uma ideia genial não garante que ela será colocada em prática! Ser genial não garante o sucesso! Portanto, enfatizo: precisamos de empreendedores que criem, inovem, ajam, e principalmente, que sejam livres para realizar e serem felizes!


Precisamos educar nossas crianças para aprenderem a ser pessoas e profissionais livres, a terem um propósito que as apaixone de verdade! Ter um propósito é ser livre, pois liberdade é viver em congruência com os seus valores. Quando conseguimos aliar um propósito claro a valores fundamentais para a nossa existência, conquistamos a tão sonhada felicidade, pois o grande segredo não é ser feliz quando conquistar um objetivo e sim ser feliz no caminho, saboreando cada etapa da sua conquista. É ou não é o caminho que você quer que seu filho siga?


Nos vemos na semana que vem!


Alexandre Prates

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Quem tem medo da rotatividade?

Quem acompanha meu Blog sabe que sempre discuto nesse espaço fatos do cotidiano corporativo para que, juntos, fiquemos atualizados, troquemos experiências e opiniões sobre diversos temas. Porém essa semana vou falar sobre um assunto nem tão atual, mas que ainda tira o sono de muitos líderes de equipe: a rotatividade de profissionais.

Estou acompanhando alguns dados em duas consultorias que presto atualmente, e que estão me fazendo refletir sobre essa tal rotatividade, ou seja, o giro de demissões e admissões de uma empresa. Os índices dessa prática - também conhecida como turn over - tem me espantado.

Segundo pesquisa conduzida pela DBM Consultoria (consultoria especializada na gestão do capital humano), com 770 profissionais de 12 áreas distintas, 45% dos entrevistados manifestaram a intenção de mudar de empresa em até três anos. Grande parte dos profissionais entrevistados considera de três a cinco anos o tempo ideal para permanecer em uma empresa. Apenas 10% dos colaboradores com idade superior a 63 anos julgam este intervalo adequado, índice que aumenta para 63,34% entre os executivos na faixa de 21 a 27 anos.

As ofertas de trabalho cresceram de forma avassaladora. Profissionais de algumas áreas são disputadíssimos pelas empresas. E no meio dessa “caça aos talentos”, venho percebendo a deficiência das organizações em criar estratégias para reter os bons profissionais, mas por outro lado, vejo uma total falta de comprometimento dos profissionais com as empresas e, principalmente, com as suas carreiras.

E sabe qual a chave do comprometimento? Ver sentido no que se faz! Qual é o seu propósito de vida? O que você realmente quer fazer? Onde o seu trabalho pode te levar daqui a 5, 10 anos? Será que eu preciso mesmo buscar essa resposta em outra empresa? Se eu me esforçar, não conquisto tudo que quero onde estou? Quando você descobrir essas respostas, passa a se comprometer com seu trabalho, pois tudo começa a fazer sentido, e como consequência, os resultados aparecerão – para você e para a sua empresa. Não adianta pular de emprego em emprego, se o que você faz não tem sentido nem para você, como quer buscar esse sentido do lado de fora?

Coragem, responsabilidade, preparo e planejamento são competências fundamentais para decidir o que você quer de verdade! E ao decidir, comprometa-se com as suas decisões. A responsabilidade pelos resultados é sua. Não adianta só exigir, também é preciso fazer a sua parte. Entregue-se ao seu trabalho! Utilize todo seu potencial! A realização e o sucesso estão em um só lugar: dentro de você!

Agora com essas dicas, prepare-se para ser o profissional que as empresas querem, e se esforce para ser o profissional que as empresas precisam!

Até semana que vem,

Alexandre Prates

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Como dizia minha mãe...


Dia das Mães está chegando. O comércio se anima. Lojistas com promoções surreais e supermercados com filas quilométricas. Restaurantes, então... Mesa boa no domingo, só se chegar antes das 11h00!

A grande pergunta é: o que comemoramos no Dia das Mães? O carinho, o cuidado, o afeto, o aconchego, a dedicação? Cada um de nós tem o seu próprio motivo para comemorar esse dia, mas eu gostaria de destacar um em especial.

Você sabia que sua mãe “interferiu” em sua vida profissional desde o dia em que te colocou no mundo? Seja em sua criação, sua educação, seus exemplos... Temos muito mais de nossas mães em nossas vidas profissionais do que imaginamos!

Falar disso me remete a um grande aprendizado da minha infância. Repetidamente Dona Clara, minha mãe, me dizia: “Filho, se envolva com pessoas melhores do que você!”. Essa frase insistia em nortear as minhas amizades, os meus relacionamentos pessoais e consequentemente, profissionais. E confesso que esse ensinamento foi fundamental para a construção da minha carreira, pois permitiu que eu me aliasse a pessoas que me ensinaram muito e me fizeram crescer e amadurecer.

Porém, existem também aqueles exemplos onde o resultado não é tão favorável para o filho. Crianças muito mimadas, acostumadas a nunca escutar um não, fazerem o que bem entendem e quando entendem. Esses, quando se tornam profissionais e se deparam com chefes e colegas de trabalho, onde precisam obedecer ordens, refazer trabalhos e dividir méritos, criam resistência. Muitos não resistem e saem dos empregos e alguns, acreditem, vivem nessa situação durante toda vida. Essas pessoas são as que mais precisam REINVENTAR-SE! Quebrar esse paradigma que lhe foi imposto quando criança e crescer pessoal e profissionalmente. Utilizar os exemplos para progredir, deixando de ser aquele tipo de profissional que o mercado exclui, que não progride e que nunca se sente realizado.

Independente do aprendizado que você recebeu da sua mãe, é importante enfatizar que a intenção é sempre positiva, afinal nenhuma mãe quer o mal do seu filho. Se buscarmos em nossas lembranças, ensinamentos positivos ou equivocados nos foram transmitidos, mas a decisão de incorporar esses ensinamentos é somente nossa! Portanto, lembre-se dos bons ensinamentos, aproveite-os e compartilhe com as pessoas ao seu redor. Já os ensinamentos que não contribuem positivamente para a sua vida, afaste-os de você e siga em frente!
No próximo domingo, lembre-se de agradecer a sua mãe (mesmo que em oração) os aprendizados que lhe transformaram no profissional e na pessoa que você é!

Feliz Dia das Mães e até semana que vem!

Alexandre Prates


quinta-feira, 3 de maio de 2012

“Quanto mais você trabalha, mais sorte você tem. Não tem muita mágica”

Na capa da Revista Época desta semana, está em destaque André Esteves, um carioca que transformou o banco de investimentos BTG Pactual em um colosso de 15 bilhões de dólares. Na entrevista, o banqueiro – e acima de tudo, empreendedor – deu dicas para quem quer prosperar nos negócios, ensinou como aprender com os erros e revelou as maiores lições que extraiu nesses anos até tornar-se um dos homens mais ricos do Brasil. 

Nada de anormal em uma história como tantas outras de sucesso empresarial, mas muitos conceitos desse homem me surpreenderam. Doses de otimismo, quebra de paradigmas, enfim, fui positivamente surpreendido com o que li. 

Em meio à entrevista, deparo-me com a seguinte frase: “Para tornar-se um grande empreendedor, é preciso gostar de trabalhar, fazer e ser otimista. O pessimista não consegue grandes conquistas.”. É verdade! Quem sai do lugar, vai à luta, corre atrás, está exposto a mais oportunidades, visão de negócios, chances de vencer. Infelizmente hoje temos uma política muito paternalista com “auxílio isso”, “auxílio aquilo”, o que faz com que muitos brasileiros sintam-se “confortáveis” e não busquem algo melhor já que, aconteça o que acontecer, dinheiro para a comida, vai ter! O governo infelizmente não subsidia as pessoas com o que seria correto, como estímulos, aperfeiçoamento... como diz o ditado, “ele dá o peixe ao invés de ensinar a pescar”! 

Outra lição que André Esteves deu aos brasileiros em sua entrevista foi quando disse “Xô, complexo de inferioridade!”, onde explica que esse complexo pode prejudicar os empreendedores em nosso país. Infelizmente vejo esse complexo mais como uma questão de cultura do que qualquer outra coisa. Os profissionais da Geração X viveram na época da ditadura, onde você fazia o que era correto, ou não fazia - se não quisesse ser prejudicado. Isso gerou uma carga nas pessoas que as repreendia ao querer inovar, quebrar paradigmas, ir além, e isso influenciou diretamente em sua vida profissional. Acredito que essa nova geração de profissionais tenha menos esse complexo e com certeza mais coragem e determinação para empreender. 

Enfim, conceitos como “não é preciso ter medo de errar”, “deixem os acertos fluírem”, ‘”os desafios existem, os erros aparecem, mas você não pode se abater”, “o sacrifício é uma medida relativa” e o próprio título desse texto ajudaram André a ser o bilionário que hoje ele é. Com certeza, pode ajudar você também! 

Até semana que vem! 

Alexandre Prates
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