terça-feira, 31 de julho de 2012

Resultados Sustentáveis – Uma evolução competitiva

A sustentabilidade deverá ocupar um novo espaço nas organizações do futuro. Deixará de ser apenas uma estratégia de marketing para evoluir ao posto dos valores organizacionais. O novo consumidor começa a encarar a sustentabilidade com um valor, como algo indispensável para a sua existência, logo buscará se relacionar com organizações que comunguem deste mesmo valor.

Atualmente, as companhias estão muito mais conscientes da sua responsabilidade em relação ao planeta. Essa é a grande mudança. No mercado de capitais, no momento de escolher uma companhia para investir, o acionista vai fazer duas análises: a análise gráfica e a análise fundamentalista, pois nenhum acionista quer investir em uma empresa, por mais rentável que seja, se ela não estiver comprometida com as grandes causas do planeta, com questões ambientais e sociais. Isso é fundamental para que a companhia tenha sucesso no mundo corporativo. Não basta ser uma companhia de sucesso pela sua tecnologia, mas que seja também um exemplo de responsabilidade socioambiental.

Da mesa forma, os profissionais terão que evoluir para estas questões. Infelizmente, o ser humano teve que destruir para aprender que precisa reconstruir. O profissional do futuro precisa adquirir a inteligência da construção a longo prazo, pois o foco no curto prazo já mostrou o seu poder de destruição. Deve ter a sustentabilidade como um modo de vida e não apenas com um fator competitivo. É preciso ser congruente nas questões socioambientais se quiser verdadeiramente obter resultados no mundo corporativo dos novos tempos.

As empresas evolutivas buscam o profissional de resultado com valores. Resultado de qualquer jeito muita gente pode trazer a curto prazo, com graves problemas a longo prazo. O mercado busca, a cada dia, o profissional que tem consciência de resultado e tem consciência que o resultado tem que ser construído criativamente com os valores e as virtudes evolutivas.

Por fim, é preciso compreender que buscar resultados sustentáveis é a capacidade de compreender a consequência de suas ações a longo prazo, atuando com responsabilidade para minimizar os impactos negativos.

Um grande abraço e até semana que vem!

Alexandre Prates

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Flexibilidade – O comportamento fundamental

Quando falamos em flexibilidade, falamos da capacidade de adaptar-se a diferentes realidades, transitando em qualquer área da organização, contribuindo de uma maneira intensa e produtiva, independente da situação ou do perfil dos pares de trabalho.

Analisando desta forma, vemos que é um comportamento fundamental, pois lidamos o tempo todo com diferentes gerações e perfis completamente distintos, além de encarar as constantes mudanças do mercado. Só consegue considerar à necessidade de adquirir um novo comportamento e prosperar no seu desenvolvimento quem é flexível. Rigidez não combina com desenvolvimento.

Então chegamos a conclusão que a flexibilidade é uma oportunidade para o profissional? Sim, mas gostaria de apresentar-lhe outro lado deste comportamento.

O ser humano é um ser adaptável. Isso é fato! Conseguimos nos adaptar às mudanças climáticas, ao aumento da carga tributária, a qualquer novo cenário no qual somos envolvidos. Nós somos assim, funcionamos assim. E aí mora o perigo: nos adaptamos, e nessa adaptação criamos a nossa zona de conforto. Vamos exemplificar:

Imagine um profissional que durante anos foi envolvido com a empresa, comprometido, e que sempre produziu grandes resultados. Porém, a empresa passou por algumas mudanças e ele não consegue se entender com o seu novo chefe, que tem uma grande dificuldade em reconhecimento de méritos. E isso fez com que o seu trabalho perdesse o sentido, pois reconhecimento para ele é muito importante.

Provavelmente esse profissional trabalhará desmotivado e não mais renderá os resultados de antes. Encontrará diversas formas de enforcar o trabalho e não se envolverá como deveria. Consequentemente isso reduzirá o seu estresse e aparentemente estará mais tranquilo, pois tirou um peso das suas costas, a responsabilidade.

Esta é a grande ameaça da flexibilidade. Quando começamos a fazer deste novo cenário a nossa zona de conforto - e um grande profissional pode gostar de ser um profissional mais ou menos – é perfeitamente possível que ele internalize este novo comportamento e faça dele o seu novo perfil profissional. Cuidado!

As vezes você está desempregado e pensa: “Vou descansar alguns meses e depois começo a procurar um emprego.”. Você pode se adaptar a esta nova realidade e nunca mais será o mesmo, pois o sofá pode ser muito mais atraente.

“O maior inimigo do sucesso a longo prazo é o sucesso a curto prazo!”. Uma frase que constata muito bem o que estamos dizendo. Muitos profissionais começam a fazer sucesso, entram na zona de conforto, se adaptam a ela e não inovam. E o resultado nós já sabemos.

Então chegamos à conclusão de que a flexibilidade é uma ameaça para o profissional? Sim, caso você se adapte a uma realidade que não te levará a lugar algum, mas é também uma oportunidade quando utilizada para encarar as constantes mudanças do mercado e do mundo globalizado. Portanto, só cabe a você utilizá-la a seu favor ou contra você!

Quero terminar este post com uma frase do compositor Gabriel O Pensador: “Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo!”.

Um grande abraço e até semana que vem!

Alexandre Prates

terça-feira, 17 de julho de 2012

Até onde você vai para chegar ao sucesso?

07 de abril de 2010. Um grupo de jovens empresários representando dez estados brasileiros organiza uma caravana ao Congresso Nacional com uma missão: convencer o maior número de deputados e autoridades políticas a não votarem favoráveis a PEC-231 – Uma proposta de emenda constitucional que visa reduzir a carga horária de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

Tive a oportunidade de acompanhar esta caravana, pois represento o Estado de Goiás na Confederação Nacional de Jovens Empresários, a CONAJE, e diante dessa manifestação, um questionamento insistia em ocupar meu pensamento: Esta lei beneficia qual tipo de profissional?

E neste momento fiz uma análise da minha trajetória, tentando encontrar algum momento da minha vida onde trabalhei apenas 44 horas semanais. E me lembrei de quando exercia a função de office-boy, meu primeiro emprego. Eu fazia de tudo para ficar após o horário do expediente, para aprender mais e mais funções que pudessem ser úteis para uma futura promoção. A partir daí, nunca mais tive horário fixo, e nunca me preocupei em trabalhar 60, 70 horas semanais.

E foi este modelo de comportamento que ajudou a construir a minha carreira e a conquistar espaços importantes nas empresas desde cedo. Ser promovido com apenas cinco meses de empresa, começar a dar aula aos dezesseis anos, palestrar pela primeira vez aos vinte para um grande público e ser responsável pelos treinamentos em todo o país da rede SKILL Idiomas aos vinte e três anos de idade!

É fato que o grande segredo para ter conquistado espaços desde cedo foi não ter me comportado como um empregado, vislumbrando apenas ganhar o meu salário e sobreviver. Havia sempre um propósito maior, um foco no meu crescimento e aceleração da minha carreira. Confesso que em alguns momentos desanimei por diversos fatores externos e perdi o propósito, e quando isso aconteceu a minha carreira foi prejudicada.

Decidi fazer algo diferente, pois um dia eu ouvi uma frase que me ajudou a compreender as pessoas de resultado: “Ninguém consegue resultados diferentes fazendo as mesmas coisas”.

E você, como tem se preparado para o futuro? Independente se você é um jovem universitário, um profissional recém-chegado ao mercado de trabalho, um líder consagrado, um novo líder, um empresário de sucesso ou um novo empreendedor, enfim, será que você está pronto para o mundo corporativo do futuro?

Se reinventar como profissional é amadurecer para a reinvenção das relações de trabalho. A preocupação com carga horária, hora extra e estabilidade permanecerá em cargos pouco expressivos nas organizações. Posições estratégicas não dependem de estabilidade para prosperar, e sim de resultados. Quem se preocupar com o desenvolvimento da sua carreira, terá segurança e estabilidade, pois será requisitado frequentemente pelo mercado, independente da sua opção profissional. Enfim, o segredo da tão sonhada realização profissional não está na estabilidade que se conquista em um emprego, e sim na sua capacidade de criar uma carreira sustentável, desenvolvendo-se no ritmo que o mercado, que o mundo nos impulsiona.

Um grande abraço e até semana que vem,

Alexandre Prates

terça-feira, 10 de julho de 2012

EGO: desmistificando esse "vilão"

Já perdi a conta de quantas vezes eu ouvi: “O problema desse profissional é o EGO!” ou “O que destrói essa equipe é o EGO!”. As afirmações são compreensíveis, mas é preciso analisar o que realmente estamos querendo dizer com essa frase para que possamos atuar na essência do problema.

O EGO é formado por aquilo que queremos x o nosso senso de realidade x os valores pelos quais norteamos a nossa existência. É determinado pela ordem de prioridade que os elementos ocupam em cada pessoa. Há quem priorize os seus desejos em detrimento da realidade e valores morais; no entanto existem pessoas que preocupam-se muito mais com a realidade, colocando a razão em jogo ao invés de render-se a prazeres imediatos; já algumas pessoas utilizam um filtro chamado moral para validar a integridade dos seus desejos.

Independente da prioridade de cada um, o EGO é o verdadeiro representante do seu “EU”, pois leva em consideração aquilo que realmente importa para uma pessoa e que baliza a maneira como nos comportamos. É impossível viver sem atender o nosso EGO. Negar seu EGO é negar sua existência!

Portanto, o EGO não é o vilão da história, pois sem ele, não haveria sentido para criarmos, realizarmos, inovarmos, enfim, a humanidade não teria evoluído sem real sentido de cada um.

Então, onde está o problema?

O problema está na tentativa desenfreada de atender o EGO a qualquer custo, também conhecido como EGOÍSMO. Uma pessoa egoísta tem o hábito de colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, não importando-se com o ambiente a sua volta. Uma pessoa egoísta – e todos são em maior ou menor medida – sofrem porque as outras pessoas não correspondem à sua expectativa.

Vamos analisar uma situação: Juliana deseja assumir a diretoria da empresa e sente-se preparada para isso. No entanto, por questões estratégicas, a empresa decide trazer um executivo de fora. É fato que a contratação foi a melhor decisão para a empresa. Face a isso, Juliana pode adotar diferentes comportamentos:

- Comportamento EGOÍSTA DESTRUTIVO: Não consegue desejar que o novo diretor tenha êxito e irá boicotá-lo;
- Comportamento EGOÍSTA DEFENSIVO: Não tentará prejudicar o novo diretor, mas o seu desempenho será prejudicado, pois o fator motivação foi abalado;
- Comportamento EGOÍSTA FUGITIVO: Não consegue conviver com a situação e desistirá da empresa;
- Comportamento ALTRUÍSTA: Por saber que isso é o melhor para a empresa, adotará uma postura colaborativa.

É fato que encontrar uma pessoa com um comportamento altruísta nas empresas não é uma tarefa fácil, pois no mundo dos negócios dá-se muito mais valor a competição do que a colaboração. Uma pessoa somente terá um comportamento altruísta dentro de uma organização se o ambiente permitir que isso aconteça, caso contrário, o egoísmo, independente da sua forma, prevalecerá. As empresas não podem permitir que a competição destrua os times. As pessoas devem ser estimuladas a ter mais consciência do outro, a colaborarem mais, a compartilharem informações em prol de um propósito maior.

Porém, uma pessoa não pode ser crucificada por ter um comportamento egoísta, afinal, todos já nos comportamos assim em algum momento da vida, seja no trabalho, no relacionamento, no trânsito, enfim, todos já colocamos os nossos interesses em primeiro lugar. O problema é quando o egoísmo não é apenas um comportamento momentâneo e sim, faz parte da identidade da pessoa, fazendo-a ignorar tudo e todos em prol do seu EGO.

Uma pessoa intrinsicamente egoísta é regida por valores como poder, status, independência, ambição. Não que esses valores devam ser extintos da sociedade, mas devem ser acompanhados de outros valores como compaixão, solidariedade, colaboração, respeito.

Muitas vezes devemos sim ser egoístas, saber dizer não, colocar os nossos interesses em primeiro lugar, pois viver abdicando do nosso EGO não nos trará felicidade. Isso é assertividade!

Portanto, meu amigo(a), a regra é simples e já conhecida de todos nós: Equilíbrio. Saber a hora de ser altruísta e saber a hora de ser egoísta.

Da mesma forma, as empresas precisam compreender que um profissional será altruísta quando a empresa fizer por merecer. Se o profissional adotar um comportamento altruísta e não for valorizado por isso, esqueça, da próxima vez, o comportamento egoísta será inevitável.

Independente da sua personalidade, eu gostaria de lhe dar apenas três dicas para que a sua trajetória seja mais suave:

1. Adote um comportamento altruísta, mesmo que seja difícil, e as pessoas se aproximarão de você;
2. Seja egoísta quando preciso, mas deixe claro para as pessoas o motivo;
3. Não deixe que a ansiedade de atender o seu ego, destrua a sua capacidade de construir uma trajetória profissional íntegra.

Um grande abraço e até a próxima semana!

Alexandre Prates

terça-feira, 3 de julho de 2012

Sucesso profissional: qual a sua vocação?

Uma história me chamou muito a atenção nesse final de semana: a criatividade de Caine, um jovem empreendedor de Los Angeles. “Meu nome é Caine, tenho nove anos. Meu fliperama se chama fliperama do Caine. Abre só no fim de semana. E é bem barato”, conta entusiasmado o garoto.

A história surpreende pela criatividade, ousadia e determinação de Caine. Porém, o que mais me impressionou foi ver que uma criança de apenas nove anos de idade, já descobriu o seu verdadeiro talento, e sabe claramente o que deseja para o seu futuro. Quando questionado pelo jornalista “E o futuro? O que você quer fazer daqui a 20 anos?”, Caine responde sem pestanejar: “Construir videogames, fliperamas e karts de corrida”.

Caine conseguiu algo que muitas pessoas passam a vida tentando descobrir: a sua verdadeira vocação. Aquilo que mereça o empenho de todo o seu potencial e energia, pois tem um sentido muito maior do que dinheiro: é apaixonante, inspirador e envolvente.

Muitas pessoas me perguntam: “Alexandre, como posso descobrir a minha verdadeira vocação?”. Existem inúmeros testes que podem ajudar, mas eu nunca abro mão de fazer algumas perguntas para essas pessoas:

- O que você adora fazer?

- O que você faz sem esforço?

- O que você faz melhor do que muitas pessoas?

Ao encontrar a resposta para as três perguntas, faça mais duas com base nas respostas obtidas acima:

- É possível utilizar isso profissionalmente?

- Você gostaria de fazer isso a sua vida toda?

Isso é vocação! Aliar aquilo que você faz bem, que te apaixona e, principalmente, que está alinhado com aquilo que você deseja para a sua carreira e para a sua vida.

Nós deveríamos ser estimulados a vida toda por meio dessas perguntas! Mas, infelizmente, o que eu vejo são pessoas negligenciando a sua vocação em prol do foco único no dinheiro, estabilidade, status etc. No final das contas, nos cobraremos por não ter colocado em ação o que existe de melhor em nós.

E isso ocasiona um fator inibidor do nosso potencial: o investimento incansável, e por vezes frustrado, em nossos pontos fracos. Não que investir em nossos pontos fracos não seja importante, mas não são os pontos fracos que nos impulsionarão para a excelência em nossas profissões. Entenda, você chegou até aqui utilizando os seus pontos fortes e não os fracos. Se você não conquistou o que deseja na sua carreira, me arrisco a afirmar que não foi pelas suas deficiências e sim, por não ter colocado em ação aquilo que você tem de melhor.

Não desista dos seus pontos fracos, mas não deixe que as pessoas o façam acreditar que são mais importantes que os seus pontos fortes. Invista muito mais energia naquilo que você é bom! Estimule-se a desenvolver-se constantemente. Desafie-se, buscando sempre aprimorar aquilo que você tem de melhor: seus pontos fortes.

Da mesma forma, estimule as pessoas para que possam utilizar os seus pontos fortes ao máximo. Podemos orientar as pessoas, ajudá-las a adotar um novo comportamento, mas sem esquecer que a essência de cada um de nós está naquilo fazem bem.

O pai de Caine demonstra muito bem o que significa estimular: “Um dia o Caine me disse que queria comprar uma máquina dessas de pegar prêmios. Eu falei pra ele: por que não faz você? E ele fez, usando um gancho e um fio.”.

Portanto, meu amigo, invista em seus pontos fortes e realize-se plenamente como profissional!

Quer conhecer a história do Caine? Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=i6bwT6qv1DE

Um grande abraço e até semana que vem,

Alexandre Prates
AR Live 5
PALESTRANTE EXCLUSIVO DA A.R LIVE 5
Rua Fidêncio Ramos, nº 160, Conj 805 • Vila Olímpia, São Paulo - SP • CEP 04551-010 • +55 (11) 5633 5200
Alameda dos Maracatins, 1217 • Moema, São Paulo - SP • CEP 04089-014 • +55 (11) 3270 4556 / +55 (11) 3799 1414
Plataforma e Estratégia Digital by PUBLIBRAND