terça-feira, 5 de abril de 2011

Folha de São Paulo faz reportagem baseada no estudo de Alexandre Prates

Time atribui a líder mau resultado

Baixa produtividade está ligada ainda a autossabotagem e a relacionamento

JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Letargia, frustração, desinteresse e impotência são sentimentos que boa parte dos profissionais vai experimentar em algum momento.

Para muitos, a falta de motivação e a queda no desempenho gerados nesses períodos tem uma causa principal: a liderança ineficaz.

Estudo do especialista em desempenho organizacional Alexandre Prates com 50 profissionais mostra que esse é o motivo para 35% deles. É seguido por autossabotagem (32%), como incapacidade de autoavaliação, e por ambiente (22%), que inclui relacionamento com os colegas. Segundo ele, esses "sabotadores de desempenho" não costumam ser identificados pelos funcionários e não são voluntários. São falta de comunicação e de avaliação, diz, as responsáveis pela perda de produtividade.

Para a executiva Elaine Saad, da consultoria Right Management, um líder ineficaz é pior que toda uma equipe desajustada. "É como uma barreira física que impede qualquer bom resultado."

Quando o gestor Evandro Marques, 34, foi promovido, em 2010, sentiu que, em meio às novas tarefas, comprometeu o resultado da equipe.

"Aprendi a ser mais organizado e a gerir melhor."

Assim como o sócio da empresa Grupo Novo Claudio Evaristo, que contratou equipe para treinar gestores -inclusive ele. "Meu desempenho melhorou, sobretudo na administração do tempo."

Para ele, o erro foi achar que os líderes nascem formados, quando precisam ser identificados e treinados.

"Ter líderes bem formados torna a empresa capaz de contornar praticamente qualquer dificuldade", diz Élio Martins, presidente do Grupo Eternit, para quem gestores respondem por 50% do sucesso de uma empresa.

RAZÕES E SOLUÇÕES PARA RESULTADO RUIM

Liderança ineficaz
- Causas: Egoísmo, falta de criatividade e de "feedback" e pouco treinamento
- Solução: Compreender que o líder não é o melhor funcionário do setor e entender sua função para realizar um bom trabalho

Autossabotagem
- Causas: Dificuldade de autoavaliação e de lidar com pressão, falta de comprometimento e de equilíbrio na vida pessoal
- Soluções: Fazer autoavaliações sinceras e frequentes e pedir "feedback" ao gestor

Ambiente
- Causas: Relacionamento ruim com a equipe, corporativismo interno e comunicação ineficaz
- Soluções: Observar a atitude de colegas e trabalhar em clima de respeito mútuo

Falta de entendimento da função
- Causas: Indefinição de atribuições e expectativas
- Soluções: Pedir orientações claras em relação à função e às expectativas de resultado

Fontes: especialistas Alexandre Prates, Cristiane Gonçalves, da KPMG, Elaine Saad, da Right Management, Eliana Dutra, da Pro-Fit, Eva Hirsch Pontes, da International Coach Federation, Margot Nick, da Kienbaum, Wagner Piolla, da Search, e Willian Bull, do Instituto Pieron

domingo, 30 de janeiro de 2011

A saída de um líder pode significar uma crise?


Duas semanas e dois CEOs das principais empresas de tecnologia do mundo deixaram seus postos. Para especialistas, as saídas de Steve Jobs, da Apple, e de Eric Schmidt, do Google, têm boas lições a oferecer.

Cada caso foi diferente. Jobs pediu uma licença médica e anunciou que pretende voltar à empresa, só não se sabe ainda quando. O anúncio, porém, foi o bastante para deixar no ar uma incerteza sobre os rumos da gigante Apple. Já Schmidt parece deixar o posto sem discordâncias: passará o bastão para o co-fundador do Google, Larry Page, que asssumirá a presidência do conselho. Page declarou que espera passar mais dez anos na companhia.

“Há uma diferença muito grande entre uma transição suave, quando o líder ainda permanece por perto, e uma traumática”, avalia o advogado especialista em gestão empresarial, Luiz Augusto Paiva.

Autor de um livro sobre perfis de líderes empresariais brasileiros, Alexandre Prates avalia que os dois CEOs têm trajetórias de peso para torná-los verdadeiros mitos nas empresas. “Quando o líder vira esse mito, é preciso que ele prepare com muita atenção sua saída, ele precisa muito antes detectar quem pode substituí-lo e permitir que outros líderes cresçam”.

Rumos futuros
A troca de líderes nem sempre precisa significar uma mudança de rumo, acreditam os especialistas. “Hoje em dia a identidade da empresa não é mais o líder, ela pertence a todos e é compartilhada”, opina Prates. “Se não for assim, a empresa perde tempo e não sobrevive”.

De toda forma, assim que o anúncio surge no mercado, começam as especulações sobre o futuro da marca. “Se a transição é muito traumática, isso fica claro e gera mais insegurança”, aponta. “É preciso mostrar que no momento da mudança a empresa se mantém alinhada com seus valores”.
Steve Jobs, que voltou à Apple em 1997, foi o principal responsável pelos produtos que levaram a empresa a ser a segunda mais valiosa mundo: iPad e Ipod estão entre eles. Ele sai no momento em que a Apple prometia novas atualizações e hoje já há dúvidas de como isso será feito sem Jobs.

Já no Google, o mercado especula que a mudança na verdade irá satisfazer a vontade dos fundadores da empresa. Além disso, a saída de Schmidt poderá acelerar os processos de decisões, uma vez que o comando ficará na mão de um dos fundadores, sem intermediários.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que as tragédias de janeiro podem nos ensinar sobre liderança

Manchetes e notícias vem aterrorizando o País nos últimos dias. Embora fortes, infelizmente não apontam nenhuma novidade. Ano após ano somos apresentados a esses eventos climáticos que destroem patrimônios e vidas em todo o Brasil. O que difere é o tamanho da catástrofe, que a cada dia torna-se a maior de todos os tempos, o que também não é nenhuma novidade, pois cientistas de todo o mundo apontam insistentemente para esta tendência.

Segundo informações do portal Contas Abertas, o governo federal, fonte de verba para todo território nacional, gastou apenas 13% do orçamento autorizado para o programa de “prevenção e preparação para emergências e desastres” este ano. Por enquanto, dos R$ 546,6 milhões previstos para 2009, apenas R$ 72,5 milhões foram aplicados até o último dia 10.

Enquanto isso, com o programa de “resposta aos desastres”, que recebe recursos após a ocorrência dos problemas, o governo federal, por meio dos ministérios da Integração Nacional, Defesa e Agricultura, já gastou R$ 1,1 bilhão este ano (68% da dotação anual), montante quase 15 vezes superior ao aplicado com o programa de prevenção.

Novamente, somos apresentados a fatos que não nos surpreendem, pois os investimentos em “respostas” SEMPRE foram mais robustos que os investimentos em “prevenção”. Segundo especialistas, existem diversos motivos que corroboram para isso, e um dos que mais me impressionou é o fator político, eleitoreiro. Prevenção garante menos votos que recuperação. Afinal, é mais fácil agradar quem sofreu com uma catástrofe e perdeu tudo, pois qualquer ajuda está de bom tamanho, do que convencer alguém a sair de sua casa em uma zona de risco. Quando estou no conforto da minha casa, dificilmente alguém conseguirá me convencer a deixar a minha zona de conforto.

Cadê o propósito?

Analisando o fato acima, podemos ver claramente que o propósito maior de ser o líder de uma nação foi totalmente esquecido. Pessoas morrem anualmente, mas os mesmos políticos continuam no poder, porque sabem jogar o jogo sujo da conquista de votos a qualquer preço.

E vemos isso também nas organizações. Líderes que focam todas as suas energias na defesa de suas teses e anseios, no intuito de alimentar o seu ego e subir a qualquer preço.

Mas afinal, qual é o propósito maior de um líder?

Diga-me outro propósito da liderança que não seja o de melhorar a vida das pessoas e facilitar os caminhos para que elas conquistem os seus objetivos pessoais e profissionais, mesmo que, para isso, o líder tenha que tomar decisões contrárias à vontade do liderado, mal vistas em curto prazo, mas fundamentais em longo prazo.

Precisamos de líderes em todas as esferas da sociedade que resgatem o verdadeiro propósito da liderança: servir as pessoas!

Mas, sinceramente, o que mais me impressiona em tudo isso é a capacidade de tais “líderes” de deitar a cabeça no travesseiro e conseguir ter uma noite de sono profundo, mesmo sabendo que vidas e carreiras são destruídas pelo seu próprio ego.

Alexandre Prates

Os cinco comportamentos intoleráveis no líder contemporâneo

Baseado no estudo “O Mundo Corporativo do Futuro” que deu origem ao livro “A Reinvenção do Profissional”, iniciaremos em 2011 uma série de publicações de estudos e pesquisas sobre diversos temas que contribuem para que pessoas e empresas potencializem os seus resultados, fortalecendo assim a nossa missão.

O primeiro estudo aborda um assunto de interesse vital para as pessoas e organizações: as principais deficiências da liderança. Um tema não muito agradável, mas fundamental para uma análise crítica da liderança da sua empresa e também para uma auto-avaliação dos seus comportamentos como líder.


1. Morosidade

É unânime entre os especialistas a velocidade com que as transformações estão mudando o ritmo e postura do mercado e, consequentemente, a dinâmica das organizações. Dessa forma, como imaginar que um líder poderá gerar resultados satisfatórios sem agir com a velocidade necessária para direcionar a organização rumo as mudanças.

Há alguns meses, concedi uma entrevista para a revista Época Negócios e disse: “A Classe C mudou o perfil do líder”. Não quero tornar isso uma verdade absoluta, mas em diversos segmentos isso aconteceu. As organizações tiveram que se adaptar às mudanças e, com isso, aperfeiçoaram seus processos de gestão, exigindo amadurecimento de seus profissionais. O fato é: O líder muda na velocidade em que o mercado muda (ou pelo menos deveria mudar!).

Arthur Diniz, especialista em coaching executivo, destaca: “Os líderes do futuro precisam ter a capacidade de tomar decisão, flexibilidade para trabalhar em diferentes contextos e para mudar rapidamente e, principalmente, a visão sistêmica, não olhar o que acontece na empresa somente sob um ponto de vista e ter a capacidade de entender as consequências daquilo que é feito em todos os aspectos. É muito raro líderes com visão sistêmica diferenciada e pensamento estratégico, por isso são muito valorizados no mundo corporativo.”

Analisando a observação do especialista, algo fica muito claro: A morosidade está totalmente ligada a falta de preparo cultural do líder. E quando eu digo cultura, me refiro a capacidade de buscar novas informações, de não contentar-se apenas com as informações locais e buscar novas fontes de informação. Quanto mais informações eu possuo, maior é a minha capacidade de tomada de decisão.


2. Dificuldade para construir relacionamentos

Óbvio! Um líder que não constrói relacionamentos saudáveis, não é capaz de liderar. A nova geração de profissionais que tem conquistado um espaço importante nas organizações vai buscar lugares agradáveis e saudáveis para que ela possa ficar e construir as suas carreiras. Portanto, o líder tem um papel fundamental na construção de ambientes saudáveis, onde as pessoas sintam-se bem para que queiram produzir cada vez mais. Ambientes saudáveis são propícios a construção de relacionamentos saudáveis. E quando você tem um ambiente onde as pessoas queiram estar, provavelmente é lá que elas se sentirão motivadas a permanecer e prosperar.

Homero Reis, especialista em coaching ontológico, não deixa dúvidas ao declarar: “As duas únicas competências que fazem a diferença hoje é a capacidade conversacional e capacidade relacional. O que está se buscando nos executivos? A capacidade de conversação e de relacionamento, o resto você agrega. Repare, o que você faz 24 horas por dia? Você conversa! É da qualidade da sua conversa que as coisas acontecem, então, eu diria claramente que a capacidade de conversação é a ferramenta na qual eu aposto como uma das competências exigidas pelas organizações do futuro.”


3. Falta de comprometimento com resultados

O líder contemporâneo precisa pensar em resultados, seja na sua atuação no campo, na liderança de sua equipe, enfim, o mundo corporativo sempre terá espaço para quem quiser realizar e fazer acontecer e descartará, naturalmente, a passividade e o conformismo.
Uma opinião importante sobre esse tema é do especialista financeiro, Gustavo Cerbasi, que enfatiza: “O profissional tem que ter cabeça de investidor e enxergar cada momento da sua atuação, seja indo para uma reunião, seja tomando uma decisão, seja montando uma estratégia de marketing como algo que agregue valor para a empresa. Precisa ser uma pessoa que questione a necessidade de uma reunião, a qualidade de uma campanha de marketing, enfim, tem que pensar como se fosse dono da empresa, mesmo que não seja.”


4. Pensar pequeno

Se partirmos do princípio de que a equipe é a cara do seu líder, concluímos que se um líder pensar pequeno, a sua equipe não pensará de outra maneira. Um líder com foco em curto prazo, formará uma equipe com essa mesma visão. Portanto, as organizações querem líderes que pensem grande, que sonhem, que ousem, que inovem, que façam as pessoas sonharem. Um líder com desejo de ir além, constrói equipes que lutam por um propósito. Pensar grande é focar no presente, com o olhar para um propósito maior.

Sidney Kalaes, empresário do ramo de franquias, enfatiza: “O mercado está carente de líderes, não só de líderes de fato, que lideram pessoas e equipes, mas também de profissionais de qualquer área da empresa que ajam como líderes, que tenham um comportamento de líder. Vou explicar: um colaborador líder é aquele que se empenha em trabalhar mais qualificadamente. Cada vez mais ele vai buscar inovação no seu trabalho e que não se restringe em fazer só o básico. Esse profissional é o líder nato, é aquele que está sempre querendo progredir, sempre buscando uma novidade, sempre buscando uma melhor alternativa.”

E José Luiz Tejon, escritor e palestrante, destaca outro ponto fundamental do líder que pensa para o futuro: “O grande líder é aquele que vai saber sair, é aquele que quanto menos necessário ele for mais líder ele será, porque a grande liderança está cada vez mais invisível, não na figura de uma pessoa em si, pois o papel do líder é encorajar as pessoas e não ser o astro. Os times que foram para a final da copa do mundo, você não sabe nem qual é o nome do técnico, outras equipes com técnicos famosos já ficaram pelo caminho.”


5. Arrogância

Arrogância é o primeiro passo para a queda profissional. É insuportável conviver com pessoas arrogantes em qualquer cenário da vida, principalmente no mundo corporativo. A arrogância destrói a capacidade de aprendizagem do ser humano, pois cria barreiras, muitas vezes instransponíveis, geradas pela crença de que tudo sei. É ai que mora o perigo!
Falamos no início do artigo sobre a velocidade das transformações, portanto algumas competências tornam-se fundamentais para que o profissional possa atender a esta nova demanda do mercado. Entre elas estão cultura - mais do que educação, estamos falando de conhecimento profundo, não perecível - e obsessão por aprender.
Paulo Afonso, empresário, comenta: “Uma virtude fundamental é a permanente obsessão por aprender. Eu tenho uma expressão que eu sempre uso: “Existem dois pecados que eu procuro não cometer e espero que as pessoas que me cercam também não cometam. O primeiro pecado é o da vaidade e o outro é o pecado da acomodação. As pessoas que acharem que não precisam se aprimorar mais estão cometendo um pecado e não terão mais espaço.”

Alexandre Prates

Confira o artigo na íntegra

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alexandre Prates fala sobre o Líder dos Novos Tempos para O Popular


Economia/ O popular
Lúcia Monteiro

Inteligências

Durante o evento, 2º Líder Centro-Oeste em Goiânia, foi lançado o livro A Reinvenção do Profissional, do especialista em desenvolvimento humano e desempenho organizacional, Alexandre Prates, fundador do Instituto de Coaching Aplicado (ICA).

Segundo ele, um estudo feito em 15 estados com 50 líderes revelou as competências do novo líder.
Nesse contexto, ele deve ter cinco inteligências: a empreendedora, ou seja, a capacidade de ser inovador e entregar resultados; a inspiracional, para inspirar pessoas e ser seguido; a de mercado, sabendo o que está acontecendo no mundo e conhecer as tendências para aplicá-la em seu negócio; a relacional, para construir relacionamentos saudáveis e bons ambientes de ralacionamento; e a potencial, que é a capacidade de gerir seus próprios talentos para usá-los bem.

Ele reconhece que hoje há uma carência de bons líderes pela própria deficiência da formação educacional desde a infância. "O talento existe, mas é preciso estimulá-los para desenvolver competências", ressaltou Alexandre Prates.
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